sexta-feira, 29 de abril de 2011

Não tente esconder o sol com a peneira!!

HOLOCAUSTO (do grego holókauston, pelo latim holocaustu). Entre os antigos hebreus e outros povos: "sacrifício em que se queimava a vítima".

Cito um exemplo:

No dia 6 de Agosto de 1945, às 08:15 horas, um B-29 da força aérea americana, lançou a primeira bomba atômica sobre Hiroshima. Um cogumelo de fumo e fogo elevou-se no ar matando, em pouco mais de meio minuto, 80 mil pessoas, ferindo mais de 75 mil e transformando a cidade num inferno de corpos, pedras e ferros derretidos.

No dia 9 de Agosto de 1945, às 11:02 horas, a cidade de Nagasaki foi varrida do mapa por uma bomba de plutônio, detonada a 503 metros acima da cidade (74.000 mortos foi o resultado imediato da explosão e, dos "vinte mil graus centígrados" desenvolvidos pela bomba). Os 40.000 feridos imediatos iriam aumentar o número de vítimas mortais, com o decorrer dos anos, devido à exposição às radiações e às queimaduras portadoras, mais tarde, de leucemia e cancro linfático.

Ainda existem vivos(???) 235.569 Hibakushas (pouco mais de 100 deles residem no Bra"z"il) como são conhecidas as vítimas dessa tragédia. Os hibakushas sofreram desfiguração física e outras doenças provocadas pela radiação, tais como deterioração genética que afeta gerações posteriores. Durante anos, a população japonesa pensou que as doenças dessas pessoas poderiam ser contagiosas, causando assim, além da dor física e psicológica, a discriminação social dos afetados.

HIBAKUSHA
Os filhos do Átomo

Após os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, dezenas de japoneses afetados pela radiação buscaram refúgio no Brasil. Hoje, pelo menos 135 deles ainda vivem no País, mas muitos ainda não conseguiram o direito ao auxílio médico pago pelo governo do Japão

http://leiturasdahistoria.uol.com.br/ESLH/Edicoes/8/artigo78845-1.asp

"Eu não tenho filhos. Sou uma das poucas pessoas afortunadas que conseguiu sobreviver, mas com lamentáveis sequelas. Vivo com mais de 12 tipos de câncer na pele e cinco dentro do meu corpo, que venci por um milagre", explicou Kodama, ao ressaltar que seu corpo recebeu 4,6 unidades de radiação após a explosão da bomba.

http://www.jornalvs.com.br/site/noticias/geral,canal-8,ed-60,ct-212,cd-270013.htm

P.S. Conheça um pouco do Vaticano, leia: A história Secreta de Pio XII, antes que Bento XVI, o tal do Joseph Hatzinger, o "capeta", beatifique Paulinho, o "dito-cujo", o "coisa-ruim", o "sinistro"...
"Nunca poderemos esquecer o Holocausto que matou milhões de judeus! Mas também não podemos esquecer Hiroshima e Nagasaki que foram varridas do mapa vítimas de duas bombas atômicas concebidas pelo engenho destruidor do Homem.

O Holocausto judeu horroriza pelo dia-a-dia, a lembrança do crime, pelo seu quotidiano "normal", com burocratas contabilizando pacientemente quantos óculos sobraram nas câmaras de gás, quantos dentes de ouro e ninguém lembra de ao menos um Hibakusha.

Ainda hoje é fascinante ler a racionalização dos americanos para justificar a morte dos japoneses, como se apenas se tivesse tratado duma desinfecção de qualquer centro comercial dos nossos dias.

A bomba de Hiroshima explodiu diante da humanidade já anestesiada pela banalização de 20 milhões de mortes na II Guerra e pelo massacre dos judeus.
A destruição de Hiroshima e Nagasaki não era necessária. O mundo já não estava em perigo pois o Japão estava de joelhos, rendendo-se, querendo só preservar o imperador Hiroito e a monarquia instituída.

A "razão" de tal loucura foi o "presidente" e os "generais" quererem testar um "brinquedo" novo. Truman escreveu no seu diário, depois do primeiro teste da bomba atômica em Los Allamos:

- É incrível! É o mais destruidor aparelho já construído pelo homem! No teste, fez uma torre de aço de 60 metros transformar-se num sorvete quente!

Assim como os nazis elaboraram uma "normalidade" burocrática para a "solução final", os americanos criaram uma lógica "científica" para o seu crime. Por isso, Hiroshima não sujou o nome da América tanto como o Holocausto manchou para sempre o nome da Alemanha. Até hoje, quando se fala em alemão, pensa-se em Hitler, enquanto Hiroshima quase nos soa como uma catástrofe "natural", inevitável, um brutal remédio no calor da guerra... O crime dos alemães "justificou" e, "absolveu" o "crime" americano. Como é que os americanos saíram limpos deste crime?

Em agosto o mundo relembra com muito pesar os 65 anos do maior "Crime de Guerra" já desferido contra a humanidade. O holocausto nuclear contra as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Crime ao qual jamais seus "culpados" foram sequer "acusados", muito pelo contrário, foram recebidos e tratados como heróis em todo o mundo."

J Gomes